O Consórcio Guaicurus, que enfrenta investigação por meio de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal de Campo Grande, acionou a Justiça para cobrar do município uma multa milionária pelo atraso no reajuste da tarifa do transporte coletivo.

O aumento do valor do passe, de R$ 4,75 para R$ 4,95, foi determinado judicialmente em janeiro de 2025, após pedido dos empresários do setor. Na decisão, o juiz Marcelo Andrade Campos Silva determinou que o município deve pagar multa de 200% sobre a diferença tarifária referente ao período em que o reajuste não foi aplicado.

Conforme o contrato de concessão, o reajuste deveria ter sido feito até 25 de outubro de 2024. Com isso, o cálculo solicitado deve considerar a diferença para cada bilhete vendido entre essa data e o início da nova tarifa, em 23 de janeiro de 2025 — um intervalo de 88 dias.

A estimativa é que cerca de 2,3 milhões de passagens sejam vendidas por mês, o que pode resultar em cifras milionárias, caso o pedido seja acatado. Agora, o magistrado deve solicitar o posicionamento do Ministério Público e do município antes de decidir sobre o pagamento.