Em meio ao agravamento do conflito em Douradina-MS, a Defensoria Pública da União sugere a demarcação da terra Panambi-Lagoa Rica como solução. A área é palco de disputas entre ruralistas e indígenas desde 14 de julho, com recentes ataques violentos por parte dos indígenas.

A Defensoria argumenta que a demarcação, já identificada e delimitada desde 2011, encerraria o impasse. No entanto, moradores e produtores locais contestam, afirmando que a terra nunca foi considerada indígena e que possuem decisões judiciais favoráveis à sua permanência.

O caso de dona Mariquinha, moradora desde 1950, ilustra a situação de muitos pequenos produtores que temem perder suas terras. Apesar de uma liminar de reintegração de posse ter sido concedida, uma decisão do TRF-3 suspendeu a ordem, gerando apreensão na comunidade.

Moradores locais relatam atos de violência e pedem respeito aos seus direitos adquiridos. A região abriga mais de 325 sitiantes, muitos dos quais se estabeleceram há décadas e adquiriram suas terras legalmente.