CFM pede à Anvisa a proibição do PMMA como substância preenchedora no Brasil

| Créditos: DINO

O Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a proibição do polimetilmetacrilato (PMMA) como substância preenchedora em procedimentos estéticos no Brasil. O pedido foi feito em reunião nesta terça-feira (21), com a entrega de um documento de 35 páginas que aponta graves problemas de saúde causados pelo uso indiscriminado do PMMA, incluindo lesões, morte e reações adversas como edemas, inflamações e granulomas.

O CFM argumenta que o PMMA tem sido aplicado em grandes volumes e por profissionais não médicos, contrariando as normas da Anvisa e a bula do produto. Além disso, o Conselho destaca que existem alternativas mais seguras no mercado, como o ácido hialurônico.

O documento ressalta que o Brasil é um dos únicos países que ainda utiliza o PMMA para fins estéticos, especialmente em grandes volumes para preenchimento glúteo. O CFM aponta que o tratamento das complicações é complexo e pode causar sequelas irreversíveis.

Embora o PMMA seja utilizado no tratamento da lipodistrofia em pacientes com HIV/Aids, o CFM defende a adoção de substâncias mais modernas e seguras, como o ácido polilático e a hidroxiapatita de cálcio.

O Conselho reforça seu compromisso com a segurança dos pacientes e se coloca à disposição da Anvisa para auxiliar na condução do tema.

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