Pré-candidato ao Senado por Mato Grosso do Sul, Capitão Contar (PRTB), ex-deputado estadual mais votado da história do Estado e ex-candidato ao governo, está de volta ao cenário político com articulações intensas. Em entrevista à jornalista Alcina Reis, ele revelou que mantém conversas com a senadora Tereza Cristina (PP), legenda que pode abrigar sua candidatura em 2026. Mas, longe dos bastidores de Brasília, ele também decidiu encarar uma jornada de 1.000 km de jet ski pelo Pantanal, para, segundo ele, “sentir a realidade da população ribeirinha”.

Alcina Reis – Capitão, o senhor está percorrendo o Pantanal em cima de um jet ski. Qual o objetivo dessa viagem?

Contar – Alcina, essa expedição é uma forma de me reconectar com as pessoas. Eu sou o cara do chão, gosto de estar onde o povo está. Em 2018, você deve lembrar, fiz minha campanha de moto, passei pelos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, conversando com quem vive na beira da estrada, nos bairros afastados. E agora, essa jornada de jet ski pelo Pantanal tem o mesmo espírito: escutar, observar e entender o que o cidadão pantaneiro precisa.

E o que o senhor encontrou nesse trajeto?

Nós passamos por lugares lindos e comunidades ribeirinhas com necessidades muito básicas. Visitamos a Serra do Amolar, postos da Polícia Militar Ambiental, dos bombeiros, e convivemos com as pessoas que realmente vivem do Pantanal. Foram quatro dias navegando de Cuiabá até Corumbá, passando por Porto Jofre e dormindo no rancho da Nilza, em Paraguai Mirim. Tudo isso com amigos do clube MS Jet, de onde saiu a ideia dessa travessia.

E o que o senhor encontrou nesse trajeto?

Nós passamos por lugares lindos e comunidades ribeirinhas com necessidades muito básicas. Visitamos a Serra do Amolar, postos da Polícia Militar Ambiental, dos bombeiros, e convivemos com as pessoas que realmente vivem do Pantanal. Foram quatro dias navegando de Cuiabá até Corumbá, passando por Porto Jofre e dormindo no rancho da Nilza, em Paraguai Mirim. Tudo isso com amigos do clube MS Jet, de onde saiu a ideia dessa travessia.

O senhor vê essa viagem também como um ato político?

Sim, no melhor sentido. A política precisa partir da realidade, da vivência, e não só de gabinete. Eu gosto de visitar bases de bombeiros, unidades da polícia, ver a estrutura do Estado em regiões remotas. Essa presença do poder público é fundamental. E minha intenção é levar essa bagagem para o debate político, para buscar soluções reais para o desenvolvimento do Pantanal. Preservar é importante, mas também é preciso garantir qualidade de vida e oportunidades para quem vive ali.

Quais são as necessidades mais urgentes que o senhor identificou nas comunidades ribeirinhas?

As comunidades precisam de saneamento basico, atendimento medico e transporte. Energia já está chegando em algumas localidades, mas falta saneamento, tratamento de água e mais presença do Estado. A água que eles consomem vem direto do rio, e seria fundamental instalar miniestações de tratamento. É questão de saúde pública. E, claro, precisamos garantir acesso à internet e sinal de comunicação, especialmente em situações de emergência.

O senhor já articula candidatura ao Senado em 2026? Está mesmo em conversa com a senadora Tereza Cristina?

Sim, temos conversado, sim. É uma possibilidade real. O que me motiva é continuar representando a população de Mato Grosso do Sul com coerência, transparência e proximidade. Quero representar quem está na ponta da linha, como sempre fiz. E acredito que é esse o papel de um verdadeiro senador: ouvir, conhecer, e lutar pelas demandas de quem realmente precisa.