Carlão busca informações sobre suplente de Cláudio Serra, do PSDB a junto ao TRE após prisão

O presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Augusto Borges, conhecido como "Carlão", contatou o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS) em busca de informações sobre o primeiro suplente, em caso de necessidade de substituição de Cláudio Serra, do PSDB. Serra foi detido em 3 de abril como resultado de uma operação conjunta entre o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual.

Há a possibilidade de afastamento de Serra caso suas ausências em sessões atinjam o limite de dez, o que está previsto para ocorrer em 7 de maio. No entanto, não há disposição regimental para a entrada de um suplente, a menos que a ausência de Serra se prolongue. A incerteza quanto à convocação se deve à recente janela partidária, que trouxe mudanças nos candidatos potenciais, afetando o panorama partidário e a representação.

Carlão observou que, se as ausências de Serra se estenderem, o mandato pode ser perdido quando estas alcançarem 30% das sessões, o que se espera que ocorra em agosto. Ele ressaltou que a convocação de um suplente será considerada se Serra rejeitar o mérito do habeas corpus, que será julgado na semana seguinte pelo Tribunal de Justiça do estado, e se não houver concessão de liminar em um eventual recurso ao Superior Tribunal de Justiça.

Até o momento, o presidente vinha considerando a possibilidade de nomear vereadores para participar das comissões em que Cláudio Serra está envolvido, caso seja necessário para a análise de projetos. Serra está sob investigação por alegadas irregularidades em contratos na Prefeitura de Sidrolândia, cuja prefeita, Vanda Camilo, é sogra do vereador. Estas supostas irregularidades teriam envolvido montantes superiores a R$ 1 milhão.

Carlão preferiu não comentar sobre a situação de seu colega de parlamento, afirmando que a Câmara não irá proteger nem condenar. Segundo ele, não seria apropriado abrir um processo ético, uma vez que as investigações não estão relacionadas ao exercício do mandato. Quando questionado sobre a possibilidade de renúncia por parte de Serra, Carlão declarou que não tinha informações a respeito, mas afirmou que, se isso ocorresse, o suplente seria convocado no mesmo dia.

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