A Prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência por 90 dias e anunciou medidas para conter o aumento de casos de doenças respiratórias, especialmente entre crianças. A decisão foi tomada em reunião extraordinária com o Centro de Operações de Emergência (COE), realizada neste sábado (26).

Desde o início do ano, a Capital registrou 971 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 486 confirmações e 66 óbitos. Os vírus mais comuns são Influenza A, Rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que afeta gravemente crianças menores de seis meses.

Entre as ações emergenciais estão a ampliação da vacinação contra a Influenza para toda a população a partir deste domingo (27), a criação de plano de contingência para atendimento pediátrico e reforço na estrutura e recursos humanos das unidades de saúde. O Pronto Atendimento Infantil do CRS Tiradentes será referência para internações de crianças.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, a baixa adesão à vacinação e a superlotação das unidades agravam o cenário, que tende a piorar nas próximas semanas, conforme boletim da Fiocruz. A Prefeitura também articula com o Governo do Estado a abertura de novos leitos no interior para aliviar a demanda da Capital.

A SESAU implantou ainda o projeto “Aluno Imunizado”, levando vacinação e ações educativas às escolas. A Secretaria reforça orientações básicas de prevenção, como lavar as mãos, usar máscara ao apresentar sintomas gripais e evitar aglomerações, especialmente no caso de bebês menores de seis meses.