Após a celebração da conquista do 13º título do Campeonato Sul-Mato-Grossense, o Operário já se encontra em fase de planejamento para a temporada de 2025. Com participação assegurada em três competições nacionais, além do torneio estadual, a diretoria do clube prevê despesas em torno de R$ 5 milhões para enfrentar os desafios do próximo ano.

O presidente do clube, Nelson Antônio Silva, destacou que as finanças em 2024 foram ajustadas no limite. Ele informou que a folha salarial mensal para sustentar o elenco campeão estadual totalizava R$ 200 mil. Somando outras despesas, como alimentação, hospedagem, transporte, manutenção e prêmios para os jogadores, o custo mensal atingia aproximadamente R$ 250 mil.

Durante os três meses de competição, cerca de R$ 750 mil foram investidos exclusivamente para cobrir os gastos com jogadores e comissões técnicas. Adicionalmente, o clube teve que arcar com outras despesas operacionais e quitar dívidas anteriores.

Para cobrir esses custos, o clube utilizou, além dos recursos de patrocinadores, os R$ 787 mil recebidos da CBF pela participação na primeira fase da Copa do Brasil. Entretanto, esse montante já estava comprometido com premiações para os jogadores e outras obrigações relacionadas à competição.

Em 2025, além de buscar o bicampeonato estadual, o Operário planeja disputar a Copa Verde, Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro Série D. Para enfrentar adversários com estruturas e elencos mais robustos, a diretoria estima um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões, sete vezes mais do que o orçamento de 2024.

O presidente Nelson enfatizou a necessidade desse orçamento para garantir uma performance competitiva nas competições nacionais. Ele ressaltou a importância de resolver pendências financeiras e buscar apoio de patrocinadores e entidades públicas para viabilizar os investimentos necessários.

O desafio na Copa do Brasil envolverá confrontos contra equipes de maior ranqueamento nacional, enquanto na Copa Verde enfrentará clubes do Centro-Oeste e Norte do país. Na Série D do Brasileirão, o Operário enfrentará adversários de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, em um grupo considerado de alta competitividade.

Além dos investimentos financeiros, o presidente destacou a importância de proporcionar melhores condições de trabalho aos jogadores, considerando o calendário extenso das competições.

Em relação à montagem do elenco para 2025, o presidente confirmou que muitos jogadores manifestaram interesse em permanecer no clube, porém, foram liberados para negociar com outras equipes que possuem calendário até o final do ano. A decisão final sobre a composição do time dependerá das propostas recebidas e das condições físicas dos atletas.

O Operário continua a enfrentar desafios logísticos, como a falta de um local adequado para treinamentos e jogos, o que impacta diretamente no desempenho dos jogadores. O retorno do Estádio Morenão é uma demanda pendente, visando oferecer uma estrutura melhor para os torcedores e para a equipe.