A Câmara Municipal de Campo Grande decidiu suspender por tempo indeterminado o uso da tribuna participativa durante as sessões ordinárias. A medida, anunciada pela mesa diretora presidida pelo vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), visa evitar discussões políticas em um momento sensível de ano eleitoral.

O espaço da tribuna, tradicionalmente utilizado por representantes da sociedade convidados por vereadores, permitia discutir uma ampla gama de temas de interesse público. No entanto, diante da proximidade das eleições municipais, a mesa diretora optou por interromper temporariamente esse acesso.

A decisão foi comunicada por meio de uma comunicação interna enviada aos gabinetes dos vereadores. O objetivo declarado é prevenir possíveis conflitos e descontentamentos entre os parlamentares, evitando debates que possam ser interpretados como tendenciosos ou politizados.

Embora não tenha sido citado nenhum caso específico de uso político da tribuna, seu histórico revela a diversidade de assuntos discutidos. Por exemplo, na última sessão antes da suspensão, a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres de Mato Grosso do Sul, Manuela Nicodemos Bailosa, abordou a violência política contra mulheres e a igualdade de gênero, a convite da vereadora Luiza Ribeiro (PT).

Antes disso, o síndico do Condomínio Jardins do Jatobá, Marcelo Duailibi Bicca, discutiu os problemas relacionados ao abandono do Parque Ecológico Águas do Prosa, no Bairro Chácara Cachoeira, atendendo ao convite do vereador Victor Rocha, conhecido como “Dr. Victor”.

Da mesma forma, a presidente da Confraria da Arte e do Artesanato das Moreninhas, Ednalva Oliveira, destacou os trabalhos da instituição e a importância da valorização cultural durante sua participação na sessão anterior, a convite do vereador Valdir Gomes (PP).