Cacique Indígena da Aldeia Bororó tem morte sob suspeita de envenenamento

DEPAC | Créditos: Marcos Morandi

Gaudêncio Benites, cacique indígena de 44 anos e uma das principais lideranças da Aldeia Bororó, teve sua morte registrada como morte encefálica no dia 7 de julho, após sua família procurar a Delegacia de Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência, levantando a suspeita de envenenamento.

Segundo informações do boletim, Gaudêncio, que também era pré-candidato a vereador, participou de uma reunião política na casa de um morador da aldeia no dia 22 de junho. Ao retornar para casa, apresentou sintomas como confusão mental, suor, calafrios e febre alta, conforme relatado por sua esposa na ocorrência.

De acordo com o relato da esposa, Gaudêncio mencionou ter consumido um prato de "arroz frio e uma costela gordurosa e azeda", servidos pelo anfitrião da reunião, apesar de ter desconfiado da qualidade dos alimentos. Seus sintomas se agravaram rapidamente, incluindo febre persistente e vômitos intensos, levando a família a levá-lo ao hospital da Missão.

Após receber os primeiros cuidados médicos e ser liberado para casa, Gaudêncio não apresentou melhora, sendo internado em 24 de junho. No dia seguinte, sua condição se deteriorou, exigindo sua transferência urgente e intubação no Hospital Universitário (HU). Exames revelaram sinais de edema cerebral, culminando em morte encefálica em 7 de julho.

O prontuário médico do HU apontou edema cerebral como causa do óbito, com uma pneumonia bacteriana não especificada como condição antecedente. A suspeita de envenenamento levantada pela esposa está sendo investigada pela Polícia Civil.

O velório de Gaudêncio Benites está marcado para esta quinta-feira (11/7), na casa de sua família na Aldeia Bororó.

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