Autoridades dos EUA buscam extradição de suspeitos no caso do assassinato do promotor paraguaio
- porRedação
- 29 de Abril / 2024
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| Créditos: Diário Hoy
Autoridades policiais dos Estados Unidos estão em processo para extraditar três homens e uma mulher detidos na Colômbia pelo assassinato do promotor de Justiça Marcelo Pecci, ocorrido em maio de 2022, em uma praia privada de Cartagena das Índias. Pecci liderava a força-tarefa contra o crime organizado no Paraguai, com ênfase no combate aos cartéis de drogas operantes na fronteira internacional com Mato Grosso do Sul.
Segundo investigadores do DEA (Drug Enforcement Administration, órgão norte-americano de combate ao tráfico de drogas) e do Ministério Público dos EUA, acredita-se que os 550 mil dólares utilizados para pagar os pistoleiros tenham origem em atividades financeiras realizadas nos Estados Unidos, o que fundamenta o pedido de extradição.
Marcelo Pecci, que liderava a Operação Ultranza PY, a maior ação contra o narcotráfico na história do Paraguai, foi assassinado a tiros durante sua lua de mel na Praia de Barú, em 10 de maio de 2022.
Dos quatro detidos, três já foram condenados: Andrés Pérez Royos (sentenciado a 25 anos de prisão), sua esposa Margareth Lizeth Chacón (condenada a 39 anos) e o irmão de Andrés, Ramón Peréz Hoyos (com pena de 25 anos).
Francisco Correa Galeano, suspeito de intermediar o assassinato, firmou acordo com a Justiça colombiana e possui imunidade até dezembro deste ano. Embora detido, ainda não foi julgado.
Embora o assassinato de Pecci tenha ocorrido na Colômbia, autoridades suspeitam que o dinheiro utilizado tenha saído de contas nos EUA, o que pode embasar o pedido de extradição.
No Paraguai, familiares do promotor aguardam ansiosamente a possível intervenção da polícia norte-americana no caso, na esperança de identificar o mandante do crime. Até o momento, as investigações não conseguiram identificar o mentor do assassinato, embora entre os suspeitos esteja o narcotraficante Miguel Ángel Insfrán Galeano, conhecido como "Tio Rico", principal alvo da Operação Ultranza PY e preso em fevereiro do ano passado no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.