Audiência sobre relicitação da BR-163 cobra suspensão de leilão e investigação sobre concessão

| Créditos: Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA


A relicitação da BR-163 voltou a ser tema de debate em audiência pública realizada nesta segunda-feira (7), marcada por críticas ao modelo atual de concessão e à proposta de repactuação do contrato. Parlamentares estaduais, federais e vereadores demonstraram insatisfação com o processo e pediram medidas para garantir mais transparência.

Três pedidos foram apresentados: suspensão do leilão marcado para maio de 2025, realização de perícia judicial nas finanças da concessionária e revisão das tarifas de pedágio. As reivindicações se baseiam na suspeita de desequilíbrio entre os valores arrecadados e os investimentos feitos na rodovia.

Dados apontam que, dos 806 km de duplicação previstos, apenas 150 km foram entregues, o equivalente a 18%. Os investimentos somam R$ 1,9 bilhão. A CCR, responsável pela rodovia, foi convidada, mas não compareceu à audiência.

O deputado estadual Junior Mochi, presidente da comissão que acompanha o processo, afirmou que os dados serão enviados ao Ministério Público Federal, com pedido de apuração e eventual responsabilização da empresa.

A BR-163 é uma das principais rotas de escoamento da produção de Mato Grosso do Sul e sua duplicação é considerada estratégica. A nova concessão prevê 203 km de duplicação, 150 km de faixas adicionais, 22 passarelas, 144 pontos de ônibus e 70 retornos. Também estão previstas interseções e contornos urbanos em três municípios.

O leilão está previsto para 22 de maio, com julgamento baseado no maior desconto sobre a tarifa de pedágio. As propostas deverão ser entregues no dia 19 na B3, em São Paulo.

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