Lacerda: “Sem toga, sem palanque, mas com a alma inteira na poesia”

| Créditos: Reprodução/Redes Sociais


Antonio Lacerda, natural de Três Lagoas e figura conhecida no cenário político de Campo Grande, onde já atuou como Secretário de Governo e Relações Institucionais, tem se revelado um verdadeiro artista. Advogado, escritor e compositor, ele agora também se aventura no universo da poesia, mostrando uma sensibilidade ímpar e uma veia artística que surpreende a todos.

Da Música Quase Gravada à Poesia Compartilhada

Pouco antes da pandemia, Lacerda, em parceria com seu filho Rapha Lacerda (melodia), compôs a música sertaneja "Mandamento Nono". A canção, que por pouco não foi gravada pela famosa dupla Bruno e Marrone, demonstra a capacidade de Lacerda em transitar por diferentes expressões artísticas.


 "Essa música foi mandada para Bruno e Marrone em novembro de 2019. Foi falado com o produtor deles que ela seria incluída no repertório do disco que eles gravariam no meio do ano seguinte (2020), mas, como você sabe, a partir de fevereiro de 2020 a pandemia chegou ao Brasil e de lá pra cá eles nunca mais gravaram um disco. Uma grande pena!", contou Lacerda em bate-papo exclusivo com a jornalista Alcina Reis.

A incursão de Lacerda na poesia ganhou destaque no final de abril, quando ele surpreendeu seus amigos e seguidores nas redes sociais. Acostumados a publicações sobre temas jurídicos ou políticos, eles foram impactados por um vídeo em que Lacerda anunciava uma mudança de rumo: "Chegou a hora de mudar um pouco o rumo dessa prosa. Eu quero quebrar um pouco isso. Eu acho que estou precisando de um pouco de poesia. Fiz uma ontem e quero compartilhar com vocês. Digam o que acham. Inclusive, já estou acertando com um parceiro aí para a gente fazer uma música disso. E você vai participar, dizendo qual o estilo. O que vocês acham? Vamos lá." 

Essa publicação, que marcou a guinada de Lacerda para a poesia, alcançou de forma orgânica quase trinta mil visualizações.

Ele então declamou um poema emocionante, que propôs transformar em música, questionando seus seguidores sobre o estilo ideal – bolero, arrocha, ou outro. A poesia "Mesmo que o tempo nos envelheça" mostrou não apenas sua habilidade em escrever, mas também sua sensibilidade como intérprete, reforçando sua versatilidade artística.

"Pedaços": Um Livro Virtual e a Profundidade de Suas Poesias

Paralelamente às novas produções, Antonio Lacerda também está escrevendo um livro virtual intitulado "Pedaços", que seus seguidores acompanham capítulo por capítulo. Entre as poesias de sua autoria presentes na obra, destacam-se "A Sentença...", "Moleque Sofrido", "Greve de Fome" e "Queria Ser Poeta".

Uma das poesias que tem recebido grande atenção é "Caetaneando", também disponível em suas redes sociais com uma belíssima interpretação do autor. Um trecho marcante de "Caetaneando" revela a profundidade de seus escritos:

“Já viajei longos e escuros caminhos ao lado da mentira, só eu e ela, nós dois ali ó, juntinhos... Mas, também, já dormi longas, eternas e inesquecíveis noites com a verdade... 'Já estive no fundo de cada vontade encoberta'; Eu já estive numa caravana que passou enquanto ladravam cães... Eu já estive nas asas de uma águia e no bico de um condor... E, num dia, torturado pelos ontens da vida, ao acordar do nada, Descobri que 'a coisa mais certa de todas as coisas Não vale um caminho sob o sol...'”

Hoje, às 18h, Lacerda irá postar mais um "pedaço" de sua arte, uma poesia que promete emocionar.

A trajetória de Antonio Lacerda nos lembra que a vida é um convite constante à reinvenção e à busca pela felicidade. A capacidade de transitar entre o universo jurídico-político e a arte da escrita e composição é inspiradora. O mundo precisa de mais "Lacerdas", pessoas que se permitem explorar suas múltiplas facetas e compartilhar sua arte.

E você, também acredita que a reinvenção é um caminho para a felicidade? Quem sabe não será o próximo desse quadro de entrevistas 😉

Compartilhe: