A Câmara de Vereadores de Campo Grande realizou, nesta segunda-feira (24), uma Audiência Pública para discutir a melhoria da rede de atendimento a mulheres vítimas de violência. O debate foi conduzido pela vereadora Luiza Ribeiro, que alertou para a gravidade do problema na capital e criticou a ausência de representantes da Secretaria Municipal de Saúde.

Pesquisadores e especialistas defenderam um atendimento mais integrado e eficaz, destacando a necessidade de assistência psicológica e apoio social. A subsecretária de Políticas para Mulheres de MS, Manuela Nicodemos, propôs ampliar a representatividade no Comitê Gestor da Casa da Mulher Brasileira e reforçar a assistência a vítimas de violência psicológica.

A juíza Tatiana Said informou que a recém-instalada 4ª Vara de Violência Doméstica já recebe 20 pedidos diários de medidas protetivas. A defensora pública Zeliana Sabala reforçou o compromisso da Defensoria no atendimento a vítimas e suas famílias.

O depoimento de Maria Magdalena Ricarte, mãe da jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio, emocionou os presentes. Ela criticou falhas no atendimento da Casa da Mulher Brasileira e cobrou responsabilização. A delegada Elaine Benicasa afirmou que o caso foi investigado detalhadamente e destacou avanços no combate à violência contra a mulher.

A audiência também abordou a violência contra mulheres indígenas e a necessidade de reforçar políticas públicas. Representantes de diversas instituições participaram do debate, ressaltando desafios e cobrando ações mais efetivas.