Uma ex-miss de Mato Grosso do Sul está sendo investigada por seu suposto envolvimento em uma quadrilha que utilizava dados de pessoas em situação de rua e usuários de drogas para comprar e revender celulares em Campo Grande. A Polícia Civil iniciou as investigações em setembro de 2023, após denúncia de uma das vítimas. Três líderes do grupo deixaram o estado, dificultando o trabalho policial.

A denúncia relata que a ex-miss comercializava iPhones sem nota fiscal, oferecendo apenas 12 meses de garantia. As vítimas eram atraídas pelos preços, que variavam de R$ 3.900 a R$ 6 mil. Em um dos casos, houve ameaça com arma de fogo. Os celulares eram enviados para outras cidades do estado, inclusive pelos Correios.

A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) deflagrou a Operação Online, que revelou o modus operandi da quadrilha: abordar pessoas em situação de rua e usuários de drogas, levá-los a uma loja de departamento e abrir crediários em seus nomes para comprar iPhones parcelados. A quadrilha pagava a entrada dos aparelhos, mas não as demais parcelas, lucrando com a revenda.

Dois funcionários da ex-miss, que emitiam notas fiscais na revenda, estão negociando com a polícia para prestar depoimento. Três funcionários da loja de departamentos envolvidos no esquema foram demitidos e um deles foi preso por violência doméstica.

As investigações revelaram que a loja de revenda não tinha alvará e era disputada por grupos de contrabando. No local, foram apreendidos R$ 50 mil em celulares importados, além de outros produtos. A ex-miss e seu marido, também envolvido no esquema, estão em Santa Catarina e serão indiciados por estelionato. Outro integrante está em Minas Gerais e ainda não foi localizado.

O Jornal Midiamax tentou contato com a ex-miss, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Com informações do Mídiamax