O advogado José Roberto Rodrigues da Rosa manifestou surpresa com a pena de 11 anos de prisão aplicada ao ex-gerente do Banco Santander, Patrick Pisoni Loureiro, condenado por envolvimento no desvio de R$ 1,3 milhão de clientes da instituição financeira. Rosa argumenta que a decisão judicial não levou em conta a colaboração de Loureiro com as autoridades, incluindo um jogador convocado para a seleção brasileira de futebol para amputados, na elucidação do crime.

Loureiro recebeu a menor pena entre os seis membros da organização criminosa responsável por 129 transações fraudulentas. O grupo planejava desviar R$ 8 milhões, mas a ação foi interrompida após um outro gerente desconfiar da movimentação.

"Nós vamos recorrer ao tribunal", declarou o advogado, apontando que a juíza da 4ª Vara Criminal não considerou fatores que poderiam atenuar a pena, como a colaboração de Patrick Pisoni com o Garras (Grupo de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) para identificar e prender os demais envolvidos. A defesa pretende apresentar diversos argumentos, inclusive de natureza técnica, para buscar a redução da pena em instâncias superiores.