A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), anunciou na última terça-feira (25) que realizará uma auditoria na Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) para investigar o que ela classificou como "entraves" nos gastos da pasta. O anúncio foi feito durante o evento "Saúde Acolhe", organizado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Um dos pontos de investigação será a discrepância entre o número de habitantes da Capital e o número de pessoas que recebem medicamentos da Sesau. Segundo a prefeita, a secretaria gasta anualmente R$ 33 milhões em medicamentos para atender 1,4 milhão de pessoas, enquanto a população de Campo Grande é de cerca de 900 mil habitantes. "Temos uma população e atendemos quase o dobro", alegou Adriane Lopes.

Outro ponto de atenção é o alto custo da judicialização de fraldas e dietas especiais. A prefeita comparou os R$ 33 milhões gastos em medicamentos com os R$ 42 milhões destinados à judicialização desses itens, que têm sido alvo de críticas por mães de crianças atípicas devido ao desabastecimento na Sesau. "Quando eu invisto R$ 33 milhões na compra de medicação, mas eu tenho R$ 42 milhões ano de judicializações só de fralda e dietas, alguma coisa está errada", afirmou.

Adriane Lopes prometeu que a auditoria buscará identificar os problemas e encontrar soluções para otimizar os gastos da Sesau. "Nós precisamos rever, fazer o caminho de volta na saúde, como nós estamos propondo em Campo Grande uma auditoria na Secretaria Municipal de Saúde para descobrirmos onde é que está localizando os problemas em busca de soluções", disse a prefeita.

O evento contou com a presença do governador Eduardo Riedel (PSDB), secretários e da bancada federal. Adriane Lopes também mencionou a intenção de buscar novas parcerias com os governos estadual e federal para atender à demanda de saúde local e do interior, que é absorvida pela Capital.

Fonte: Midiamax