UE restringe importação de carne bovina brasileira a animais machos

| Créditos: Ilustrativa/Comex do Brasil

O Ministério da Agricultura informou que a União Europeia decidiu restringir a importação de carne bovina brasileira a animais machos a partir de 6 de outubro. A medida se deve ao uso de ésteres de estradiol, um hormônio utilizado em protocolos de inseminação artificial, em fêmeas bovinas no Brasil.

A restrição vigorará até a implementação de um protocolo privado que garanta que as fêmeas não foram tratadas com a substância. O período estimado para a implementação do protocolo é de 12 meses.

Produtores rurais foram surpreendidos pela medida, que afetará significativamente as exportações brasileiras para a UE, um mercado importante para a pecuária brasileira. O Mato Grosso do Sul, com 256 propriedades aptas a exportar, será particularmente afetado.

A ABCAR, Associação Brasileira das Empresas de Certificação Por Auditoria e Rastreabilidade, já está desenvolvendo um protocolo para reestabelecer a exportação de carne de fêmeas.

Apesar da restrição, as exportações brasileiras de carne bovina tiveram um bom desempenho em agosto de 2024, com aumento de 16,5% em volume e 13,7% em faturamento em relação ao mesmo mês do ano anterior. As exportações para a União Europeia cresceram 27,9% em valor e 27,7% em volume.

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