Trio de PMs baianos ligados ao jogo do bicho é transferido para presídio em MS

Equipes do Gaeco e da Força Correcional Integrada, da Bahia, na operação de transferência dos PMs | Créditos: Divulgação/MPBA

Três membros da Polícia Militar de Feira de Santana, na Bahia, foram transferidos para o Presídio Federal de Campo Grande após decisão judicial que considerou a alta periculosidade dos mesmos. A transferência foi realizada devido à descoberta de um celular na cela que ocupavam no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.

A operação de transferência foi conduzida por equipes do Ministério Público da Bahia (MPBA), Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Execução Penal, Polícia Federal e Força Correcional Integrada da Secretaria de Segurança Pública (Force/Coger).

Os PMs transferidos foram identificados como Jackson Macedo Araújo Junior, Josenilson Souza da Conceição e Roque de Jesus Carvalho. Todos fazem parte de um grupo de 15 pessoas denunciadas pelo MPBA no desdobramento da Operação El Patron, deflagrada em 7 de dezembro.

Os acusados enfrentam diversas acusações, incluindo lavagem de dinheiro no contexto do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada, crimes supostamente cometidos na região de Feira de Santana.

Os três policiais são apontados como integrantes do núcleo armado de uma organização criminosa, utilizando violência para cobrar dívidas resultantes de atividades ilícitas, principalmente agiotagem e jogos de azar. Segundo as investigações, o trio movimentou aproximadamente R$ 15 milhões e possui bens e propriedades não declarados, valores e patrimônios incompatíveis com suas rendas declaradas.

A operação realizada em dezembro resultou em 35 mandados de busca e apreensão, bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias dos investigados, sequestro de 26 imóveis urbanos e rurais, além da suspensão das atividades econômicas de seis empresas, conforme determinado pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana.

As investigações ainda estão em andamento para apurar a participação de outras pessoas. Caso sejam condenados, os acusados enfrentarão penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

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