O juiz Rodrigo Pedrini Marcos, atualmente titular da Vara Criminal de Três Lagoas (MS), teve suas atividades judiciais restringidas após fiscalização da Corregedoria-Geral do TJMS. A medida impede o magistrado de participar de mutirões ou assumir funções extras até a regularização de problemas identificados em sua unidade judiciária.

A decisão ocorre após o magistrado ganhar notoriedade ao denunciar supostas irregularidades cometidas por colegas de tribunal. Inspeções corregedoriais constataram deficiências na gestão processual de sua vara, incluindo:

Morosidade na tramitação de ações penais

Descumprimento de prazos para decisões urgentes

Realização inadequada de audiências por videoconferência

Irregularidades no uso do sistema eletrônico de processos

Em sua defesa, Pedrini argumentou que os problemas decorrem de:

✓ Falta crônica de servidores
✓ Excesso de processos acumulados durante a pandemia
✓ Sobrecarga do único funcionário responsável por mais de 1.400 processos

Antecedentes polêmicos
A trajetória do magistrado inclui:

• Denúncia em 2017 contra a então desembargadora Tânia Borges por suposta interferência para libertar seu filho preso por tráfico
• Questionamento em 2021 sobre decisão do desembargador Maran que beneficiou traficante foragido
• Impedimento em 2019 de concorrer a promoção por mérito

O TJMS não se manifestou sobre o caso quando questionado. Especialistas consultados destacam que o episódio reacende o debate sobre a independência judicial versus o controle interno da magistratura.

Fonte: Campo Grande News