Taxas dos DIs sobem após ata do Copom fortalecem postura dura contra inflação

| Créditos: Reprodução/Infomoney

Após oscilar em baixa pela manhã, as taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta nesta terça-feira (dados), com o mercado avaliando que ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou um cenário mais rígido para o controle da inflação. O dólar, por outro lado, caiu antes do real.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2026 subiu para 15,125%, ante 15,024% da sessão anterior. O contrato para janeiro de 2027 avançou para 15,03% (14,889% no ajuste anterior), enquanto os contratos para 2031 e 2033 fecharam em 14,83% e 14,82%, respectivamente.

Um dado divulgado pelo Banco Central destacou a incerteza elevada e indicou que o ciclo de alta da Selic pode se estender. O documento apontou que a convergência da inflação à meta exige uma política monetária mais restritiva por um período prolongado.

Os especialistas interpretaram o tom da ata como mais rígido do que o esperado, o que influenciou as taxas dos DIs e a cotação do dólar. Durante a manhã, os rendimentos futuros chegaram ao cair, impactados pela baixa dos Tesouros no exterior e pelo fluxo de investidores estrangeiros. Contudo, à tarde, os contratos foram firmados em alta, refletindo incertezas sobre os próximos passos do Copom.

O mercado segue dividido sobre o futuro da Selic. As apostas para a reunião de maio indicavam maior probabilidade de alta de 50 pontos-base, mas há chances consideráveis ​​de um ajuste de 75 pontos. Para junho, o cenário segue indefinido, com expectativas divididas entre nova alta ou manutenção da taxa.

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