Suspeito de feminicídio coloca tornozeleira e é solto: Juiz considera que não representa ameaça

| Créditos: Reprodução/Campo Grande News

Ewerton Fernandes da Silva, acusado de matar a tiros sua namorada Bruna Moraes Aquino, recebeu liberdade provisória nesta segunda-feira (18), após passar meses sob custódia desde 27 de outubro de 2023. O trágico incidente ocorreu no Jardim Itamaracá, em Campo Grande, em 1º de setembro de 2021, dentro do carro do casal. As autoridades afirmam que Ewerton simulou um atentado por terceiros, embora nenhum suspeito tenha sido identificado até o momento.

Para a polícia, a narrativa de um terceiro atirador é fictícia, enquanto a defesa de Ewerton, liderada pelos advogados Lucas Arguelho e Nikollas Pellat, insiste em sua inocência, argumentando que as evidências corroboram com a versão de que o casal foi alvo de um ataque.

Após audiências iniciais, a defesa solicitou a revogação da prisão preventiva, com o juiz Carlos Alberto Garcete considerando que a soltura de Ewerton não apresenta riscos ao processo, uma vez que as testemunhas de acusação já foram ouvidas. Garcete determinou medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica por seis meses, residência fixa, proibição de contato com familiares da vítima e restrição de saída da cidade sem autorização judicial.

A próxima fase do processo está marcada para 25 de março, quando serão ouvidas testemunhas de defesa e Ewerton será interrogado.

O caso, inicialmente tratado como homicídio qualificado, foi posteriormente enquadrado como feminicídio, resultando na prisão preventiva do namorado de Bruna. Motivações como ciúmes, posse, queima de arquivo ou vingança são consideradas pela investigação, embora a falta de confissão torne a motivação do crime ainda incerta.

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