STJ autoriza que Alberto Youssef retire tornozeleira eletrônica

Alberto Youssef terá abertas as contas de quatro empresas suas | Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil

A Quinta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou que o ex-doleiro Alberto Youssef retire o monitoramento por tornozeleira eletrônica. Youssef foi preso pela Operação Lava Jato em março de 2014. A força-tarefa do Ministério Público Federal o acusou de ser o principal operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras. O doleiro passou dois anos e oito meses na prisão. Ele deixou o cárcere em novembro de 2016 e hoje mora em São Paulo.
Youssef recebeu o benefício do acordo de colaboração, mas não há no acordo as condições de cumprimento de pena no regime aberto e usa o equipamento há sete anos. O STJ decidiu que o Juízo da execução é que vai adotar alguma forma de controle.

O relator, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, votou contra tirar a tornozeleira e disse que é preciso alguma forma de monitoramento do ex-doleiro. Com um entendimento diferente, o ministro Messod Azulay Neto lembrou que o equipamento apenas é utilizado aos finais de semana.

Em 2015, o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu e homologou o acordo de delação premiada firmado por Youssef. A delação dele e do ex-diretor Paulo Roberto Costa, também homologada pelo STF, deram origem a mais de 20 inquéritos contra parlamentares que investigam suposta participação de políticos no esquema que desviou recursos da Petrobras.

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