“SOS: Uma Vida em Risco”

| Créditos: Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com


Hoje, venho a vocês com um aperto no coração e uma urgência que me tira o sono. Encontrei-me diante de uma situação tão grave, tão desesperadora, que as palavras me faltaram. Uma mãe, com a voz embargada pelo sofrimento, procurou-me para relatar o inferno que vive com sua filha. E eu, sinceramente, não soube o que dizer, o que fazer, a não ser buscar a ajuda de vocês.

Ela é mãe de outros filhos, mas o drama atual se concentra em uma linda jovem que se perdeu em um mundo de vícios e desafios brutais. Usuária de drogas, ela abandonou os estudos e se afundou em ambientes e companhias que a arrastam para um abismo. Agressiva, fumando e bebendo, a situação é ainda mais complexa pelo diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Essa condição, caracterizada por instabilidade emocional, relacionamentos conturbados e medo constante de abandono, agrava drasticamente o quadro. O pior? Ela não aceita tratamento, convicta de que não precisa de ajuda.

O pai, infelizmente, é uma ausência dolorosa, deixando essa filha à beira do colapso, sem sequer fazer uma ligação ou mandar uma mensagem por meses. E para piorar, os recursos financeiros são quase inexistentes. Sem plano de saúde, ela já buscou todo tipo de ajuda, tentou inúmeras alternativas para resgatar a filha, mas tudo em vão.

Ao ouvir seu relato, a única coisa que me ocorreu foi dizer que somente Deus poderia ajudá-la. Mas eu me recuso a acreditar que nossa cidade, nosso estado e o Brasil, como nação, não possam fazer absolutamente nada por essa mãe. Ela vive com o pavor constante de ver sua filha presa ou, na pior das hipóteses, morta.

Não podemos cruzar os braços diante de tanta dor. Não podemos aceitar que uma vida jovem seja ceifada pela indiferença ou pela falta de recursos. Esta mãe precisa de nós. Esta jovem precisa de uma chance.

O que podemos fazer? Quem vai estender a mão?

É desumano que uma jovem com transtorno mental grave seja tratada como “caso perdido”. Não podemos permitir que a negligência se transforme em sentença de morte.

Clamo a quem puder ajudar: profissionais da saúde, assistentes sociais, advogados, instituições religiosas, ONGs, clínicas, conselhos tutelares. Precisamos de caminhos. Precisamos de ação. Porque compaixão sem atitude é apenas piedade — e isso não salva ninguém.

Vamos nos unir e mostrar a essa mãe que ela não está sozinha. Vamos provar que nossa sociedade tem compaixão e que, juntos, podemos fazer a diferença.

Com esperança e urgência,

Por Alcina Reis

Contato: conteudoms@gmailcom

Compartilhe: