Sobrinho de ex-presidente da FFMS atuava como tesoureiro informal em suposto esquema de desvio

| Créditos: Reprodução/Midiamax

Investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) revelaram que Umberto Alves Pereira, sobrinho do ex-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, atuava como tesoureiro informal da entidade, mesmo sem ocupar o cargo oficialmente.

Conforme denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Umberto seria o principal operador do suposto esquema de corrupção na FFMS, tendo recebido R$ 2,26 milhões da entidade entre 2018 e 2023, valores não declarados à Receita Federal.

O tesoureiro oficial da FFMS, Luiz Eduardo Leão Gonçalves, afirmou em depoimento que não exercia a função de fato, pois toda a gestão financeira era realizada por Umberto. Uma procuração teria sido assinada para que o sobrinho de Cezário movimentasse a conta bancária da federação.

Durante a Operação Cartão Vermelho, deflagrada em 21 de maio, foram apreendidos R$ 327.660 em espécie na casa de Umberto. Além disso, inúmeras transações bancárias sem identificação de origem reforçam a tese de que ele era o principal operador do esquema.

A investigação também flagrou Umberto realizando saques em espécie nas contas da FFMS e, supostamente, dividindo os valores com outros envolvidos.

Francisco Cezário de Oliveira, que presidiu a FFMS por 26 anos, foi preso na operação e liberado 15 dias depois, após sofrer um princípio de infarto. Ele cumpre medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

O MPMS denunciou 12 pessoas ligadas ao suposto esquema criminoso, incluindo Cezário, familiares, servidores públicos e empresários. As investigações continuam em andamento.
 

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