Representantes do agronegócio, indústria e parlamentares se reuniram na sede da Aprosoja Brasil, em Brasília, na última quarta-feira (6), para discutir o futuro da produção sustentável no país, com foco nos bioinsumos. O debate girou em torno de dois projetos de lei em tramitação no Congresso: o PL 3668/2021 e o PL 658/2021.

Em pauta, a necessidade de um marco regulatório claro para a produção e uso de bioinsumos, que garanta segurança jurídica para empresas e agricultores. O PL 658/2021, que regulamenta a produção própria de bioinsumos por agricultores,  foi defendido como crucial para o avanço da sustentabilidade no campo.  Já o PL 3668/2021, que impõe restrições à produção "on farm" e equipara bioinsumos a produtos químicos,  foi alvo de críticas.

A produção "on farm", que permite aos agricultores produzir seus próprios bioinsumos,  ganha destaque como solução para reduzir a dependência de insumos químicos e promover a autonomia no campo.  Especialistas apontam benefícios como a melhoria da saúde do solo, o estímulo ao crescimento das raízes e o controle eficiente de doenças.

O uso de bioinsumos na produção de soja,  cultura estratégica para o país,  foi um dos pontos centrais do debate.  A técnica, que já apresenta resultados positivos em termos de produtividade e sustentabilidade,  tem impulsionado a adoção de práticas agrícolas mais inovadoras e eficientes.

A Aprosoja Brasil  ressaltou a urgência na aprovação do PL 658/2021,  que deve ser votado ainda este mês.  A entidade alerta para o risco de ilegalidade para agricultores que produzem seus próprios bioinsumos caso o projeto não seja aprovado.