Senador Nelsinho Trad evita comentários sobre relação com empreiteira envolvida em operação policial

| Créditos: Redes sociais/Topmidia/ Divulgação Dracco

Na manhã de sexta-feira (26), a empreiteira GTX, alvo da Operação Jazida, foi o centro das atenções após uma bomba explodir no cenário político do Mato Grosso do Sul. Os contratos substanciais que a empresa consolidou com várias prefeituras do estado levantaram questões sobre sua proximidade com o senador Nelsinho Trad (PSD), responsável pela articulação desses acordos.

Antes mesmo da operação policial, o senador foi interpelado sobre os laços com a GTX, porém optou pelo silêncio. Em investigações anteriores, já havia sido notado o fenômeno intrigante de uma empresa sob suspeita de fraudes em licitações conquistar contratos públicos substanciais, mesmo após ter sido liberada para tal atividade.

De acordo com fontes do TopMídiaNews, em março deste ano, era evidente que a GTX, empresa anteriormente investigada por suspeita de fraudes em licitações, estava obtendo contratos públicos em diversos municípios por meio de emendas parlamentares e articulações para garantir financiamentos, incluindo aqueles da Caixa Econômica. Essa parceria resultou em contratos significativos em cidades como Bataguassu, Água Clara e Ivinhema, este último com um financiamento de R$ 56 milhões.

Água Clara, uma cidade com 15 mil habitantes, manteve um contrato de R$ 25 milhões com a GTX. O Portal da Transparência do município revela que, desde 2021, a empresa recebeu aproximadamente R$ 7 milhões em obras de pavimentação, além de outros R$ 18 milhões em contratos firmados entre 2023 e o momento atual.

Em Bataguassu, a Operação Jazida revelou investigações sobre fraudes na execução de contratos de obras de asfaltamento, especificamente na rodovia conhecida como Reta A1, Porto XV. As investigações revelaram que a empresa envolvida na obra realizou extrações de terra em uma jazida irregular próxima ao local da obra, contrariando o projeto executivo e o orçamento da licitação.

A GTX também esteve envolvida em outros escândalos, como o caso envolvendo seu proprietário, Ivan Félix da Silva, que foi denunciado pelo Ministério Público por seu suposto envolvimento em esquemas de pirâmide financeira relacionados ao bitcoin. Félix, que anteriormente teve participação na Mineworld, uma empresa de compra e venda de criptomoedas, foi acusado de lesar milhares de pessoas, incluindo residentes de Mato Grosso do Sul.

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