Senado aprova aumento de deputados, mas senadores de MS votam contra

| Créditos: Jefferson Rudy e Pedro França/Agência Senado


O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (25), a ampliação do número de deputados federais de 513 para 531 a partir das eleições de 2026. A proposta, que ainda será analisada pela Câmara dos Deputados, não altera a bancada de Mato Grosso do Sul, que permanecerá com oito cadeiras.

Os três senadores sul-mato-grossenses — Nelsinho Trad (PSD), Tereza Cristina (PP) e Soraya Thronicke (Podemos) — votaram contra o projeto.

A medida tem como base o Censo Demográfico de 2022 e visa redistribuir as vagas entre os estados de acordo com o crescimento populacional. Regiões como Norte e Nordeste, que tiveram aumento expressivo de habitantes, serão as principais beneficiadas com as 18 novas vagas.

Para conter gastos, o texto estabelece que as despesas da Câmara — incluindo salários, verbas de gabinete e benefícios — só poderão ser corrigidas pela inflação até 2030, sem aumento real.

O relator da proposta, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou que a redistribuição de cadeiras estava defasada desde 1986 e que a medida busca corrigir distorções na representatividade.

Durante a votação, senadores favoráveis defenderam a atualização como forma de refletir a realidade populacional. Já os contrários apontaram um impacto orçamentário estimado em R$ 150 milhões por ano e destacaram a rejeição popular ao aumento no número de parlamentares.

A urgência na aprovação foi motivada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a atualização da composição da Câmara com base nos dados do Censo. Caso o Congresso não deliberasse, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria autonomia para fazer a redistribuição.

Com a mudança, o Congresso passará a ter 612 parlamentares: 531 deputados e 81 senadores.

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