No que deveria ser um dia de boas-vindas para Fábio Rodrigues, professor de educação especial da Rede Estadual de Ensino (REE), em sua nova escola, a rotina foi abruptamente interrompida. Ao se apresentar para o trabalho na segunda-feira, 4 de março, foi barrado na entrada sem justificativa aparente. Portando sua designação oficial pela Secretaria de Estado de Educação (SED), que comprovava sua contratação, Fábio se viu numa situação perplexa e revoltada.

Diante do impasse, Fábio tentou obter ajuda da Polícia Militar, mas foi orientado a buscar auxílio junto à Polícia Civil. Optando por primeiro tentar resolver a questão de forma administrativa, dirigiu-se à SED antes de tomar medidas legais.

Em resposta à situação, a SED declarou que investigará a conduta da direção da escola em questão e assegurou que atenderá ao professor prejudicado. Segundo a secretaria, Fábio foi realocado para outra unidade escolar, onde poderá iniciar suas atividades.

Segundo relatos do professor, o Centro Estadual de Educação Especial e Inclusiva (CEESPI) havia solicitado sua presença até a data mencionada, por meio de um termo de designação. Contudo, ao comparecer na escola conforme orientação, foi surpreendido com a negativa de entrada pela direção, sem explicações convincentes.

Fábio, que é vice-presidente da Associação de Professores de Mato Grosso do Sul (Proems), relembra que enfrentou problemas similares com essa escola em 2023, tendo precisado recorrer à SED na ocasião. Ele enfatiza a importância da presença do acompanhante especializado para os estudantes com os quais trabalha, destacando a gravidade da situação.

A SED emitiu uma nota sobre o caso, prometendo averiguar as circunstâncias da conduta da direção da escola e reiterando que o professor já foi realocado para outra unidade escolar, conforme sua escolha no processo seletivo.