A possível migração dos líderes do PSDB sul-mato-grossense, Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, para o Partido Liberal (PL) tem gerado controvérsias. Apesar do acordo firmado entre Azambuja e o ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições municipais, a mudança enfrenta resistência tanto entre deputados federais tucanos quanto dentro do próprio PL.

Deputados federais do PSDB, como Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, se opõem à filiação ao partido bolsonarista. Dagoberto afirma que Azambuja não irá para o PL e que o partido avalia a possibilidade de fusão com outras siglas.

Fontes internas revelaram que os três deputados já comunicaram a Azambuja a impossibilidade de migração para o PL, que deve permanecer sob a liderança de Tenente Portela, mesmo com a rejeição de alguns filiados.

As investigações sobre o envolvimento de Bolsonaro em tentativas de golpe de Estado e suas imposições sobre o partido também pesam contra a filiação dos tucanos. No PSDB, Riedel e Azambuja possuem maior participação no comando do diretório nacional.

A aliança entre Reinaldo e Bolsonaro foi selada durante as eleições municipais, quando o ex-governador, por meio de Rogério Marinho, convenceu o ex-presidente a apoiar a candidatura de Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande e a formar parcerias em outros municípios.

Essa parceria resultou na saída do deputado federal Marcos Pollon (PL) da presidência do partido e no veto às candidaturas de João Henrique Catan (PL) e Rafael Tavares (PL) à prefeitura da Capital.

A possível chegada de Azambuja e Riedel também causa desconforto dentro do PL.  João Henrique, único opositor de Riedel na Assembleia Legislativa, e Marcos Pollon, que classifica o PSDB como partido de esquerda, demonstram resistência. Pollon ainda acusa o PSDB de desfazer a maioria das candidaturas a prefeito que ele havia definido para as eleições de outubro.

Fonte:  INVESTIGAMS