Rebelião no PL: Marcos Pollon deixa o comando do PLMS

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O deputado federal Marcos Pollon (PL) foi destituído do comando do Partido Liberal em Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira (4). A decisão ocorreu após Pollon desobedecer a diretriz partidária de apoiar a candidatura de Beto Pereira (PSDB), lançando sua própria pré-candidatura à prefeitura sem o aval de Jair Bolsonaro e do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto.

Segundo a assessoria do partido, uma nota oficial com detalhes do ocorrido será divulgada ainda nesta manhã. O PL nacional está focado em eleger o máximo de senadores possível em 2026 e vê o apoio político do PSDB como essencial para conquistar as duas vagas disponíveis em Mato Grosso do Sul.

No entanto, figuras influentes do PLMS, como Rafael Tavares e o próprio Pollon, têm criticado a aliança com o PSDB, partido tradicionalmente associado ao PT. Essa posição contrária também era defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, como mostrado em um vídeo anterior a decisão.

A decisão de destituir Pollon expõe uma divisão interna no PL. Parte significativa dos membros do partido, especialmente aqueles alinhados à extrema direita, que preferem enfrentar a retaliação a apoiar os tucanos.

O cenário político, a poucos meses das eleições, permanece incerto. Pré-candidatos que lideravam as pesquisas podem perder força, enquanto outros podem emergir como surpresas.

Afinal os tucanos, agora fortalecidos com o apoio do ex-governador André Puccinelli (MDB) e de Jair Bolsonaro e a máquina do governo, parecem bem posicionados. 

No entanto, a política ensina que nem sempre os votos são transferíveis. Os adversários de Beto Pereira devem colocar de lado suas divergências e vaidades e unir forças se quiserem alterar o desfecho esperado. 

Caso contrário, chorem porque o pranto é livre!

Por Alcina Reis

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