Reajuste na conta de luz da Energisa MS será de 1,33% a partir desta terça-feira
- porRedação
- 04 de Abril / 2025
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Consumidor não paga custo extra pela energia desde abril de 2022 | Créditos: Freepik/Reprodução
A conta de luz para 1,15 milhão de consumidores em 74 municípios de Mato Grosso do Sul, atendidos pela Energisa MS, terá um aumento médio de 1,33% a partir desta terça-feira (8), conforme recomendação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O reajuste proposto pela Superintendência de Gestão Tarifária e Regulação Econômica (STR) da Aneel prevê uma elevação maior para consumidores de alta-tensão, com 3,09%, enquanto para os residenciais o aumento será de 0,69%.
Os percentuais foram apresentados pela diretora da Aneel, Agnes Maria de Aragão da Costa, relatora do processo, e dependem da aprovação da diretoria da agência em reunião nesta terça-feira para entrarem em vigor. A publicação no Diário Oficial da União está prevista para garantir a aplicação imediata das novas tarifas.
Apesar do aumento, a Aneel destaca que, pelo segundo ano consecutivo, a tarifa de energia elétrica terá uma variação abaixo da inflação acumulada, que foi de 10,70% segundo o IBGE. Em 2024, houve uma redução média de 1,61%, enquanto a inflação em Campo Grande ficou em 5,06%. Para este ano, a inflação acumulada até fevereiro foi de 5,37%.
O descolamento do reajuste da inflação é explicado pela cesta de custos que compõe a tarifa, incluindo o valor da energia comprada, custos de distribuição, encargos e fatores financeiros. Neste ano, o maior impacto no aumento (3,10%) está relacionado às despesas da concessionária para levar a energia aos consumidores, seguido pelos encargos setoriais (1,10%) e a compra de energia (0,53%). As despesas com encargos financeiros (-3,13%) e o transporte de energia até a distribuidora (-1,24%) contribuíram para mitigar o aumento.
Segundo o voto técnico da Aneel, encargos, transmissão e energia representaram 57,8% dos custos da Energisa MS. O aumento desses custos contribuiu com 0,4% para o índice de reajuste. Os encargos setoriais tiveram um impacto de 1,1%, impulsionados principalmente pelo aumento da Cota de CDE USO, CDE Eletrobras e Proinfa, parcialmente compensado pela quitação da CDE Conta Covid-19. Os custos de transmissão tiveram uma variação de 11,8%, impactando o efeito médio em 1,24% devido a novas receitas e tarifas. Já os custos de aquisição de energia tiveram um efeito tarifário de 0,53%, influenciados por contratos diversos.
Outros custos, como investimentos em infraestrutura e manutenção, representaram 42,2% dos cálculos da Aneel e tiveram um impacto de 3,10% no efeito médio da tarifa.