“Quem tem a bola, manda no jogo!”

| Créditos: Foto: Reprodução/ LinkedIn

Quem nunca presenciou uma criança – ou mesmo um adulto – declarando com firmeza: "A bola é minha. O jogo é meu!"? No mundo das brincadeiras, quem detém a bola detém o poder. Sem ela, não há jogo. É a lei do playground, onde o dono da bola dita as regras.

Foi essa a sensação que pairou no ar na manhã deste sábado, 7 de setembro, em Campo Grande. O governador Eduardo Riedel, usando uma estratégia inusitada, porém de muito poderio, decidiu "pedir a bola" e pôs fim à brincadeira. De maneira abrupta, impediu que os policiais civis participassem do evento, que deveria ser um momento de celebração popular, o qual todos tem direito de participar..

Os motivos do governador não foram explicados, mas, para quem está atento, o recado foi claro. Parece que Riedel não aprecia ser cobrado, especialmente em um contexto de recente protesto da categoria. A única justificativa plausível para essa atitude seria silenciar o descontentamento que ecoou durante a semana.

Nunca se viu algo assim em Mato Grosso do Sul, talvez nem no Brasil. A decisão soou como um desrespeito a esses profissionais, dos quais tanto dependemos.

Minha solidariedade à Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Alcina Reis
Jornalista

Jornalista Alcina Reis | Créditos: Arquivo pessoal

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