A sessão desta terça-feira (24) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi marcada por um embate acalorado entre os deputados Pedro Kemp (PT) e Neno Razuk (PL), motivado por um pedido de informações sobre a viagem de três servidores estaduais a Israel durante a eclosão do conflito na região.

Kemp questionou os objetivos e custos da ida do secretário executivo Ricardo Senna (Ciência e Tecnologia), da adjunta da Saúde, Crhistinne Maymone, e de Marcos Espíndola (SES). Segundo ele, a visita ocorreu mesmo com alertas do Itamaraty contra deslocamentos à região desde outubro de 2023. O parlamentar pediu explicações sobre a natureza da missão, o financiamento da viagem e os resultados práticos para Mato Grosso do Sul.

Durante o discurso, Kemp criticou o governo israelense, classificando-o como “genocida”, e associou a visita a interesses ideológicos. A deputada Gleice Jane (PT) apoiou o requerimento e reforçou as críticas a Israel, chamando-o de “estado terrorista”.

Neno Razuk (PL) reagiu, acusando os colegas de ignorarem os ataques do Hamas a civis israelenses e de politizarem o tema para criticar o governador Eduardo Riedel (PSDB). A discussão saiu do controle quando Kemp acusou o colega de apoiar a "matança do povo palestino", gerando troca de gritos entre os parlamentares.

O presidente da Casa, Gerson Claro (PP), precisou intervir, lembrando que estudantes acompanhavam a sessão e pedindo respeito mútuo. A deputada Gleice Jane tentou se manifestar novamente, mas Razuk recusou a concessão da palavra e encerrou defendendo a condenação de todos os atos de guerra, sem seletividade.