O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu permanecer na base de apoio ao governador Eduardo Riedel (PSDB) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A decisão foi tomada após reunião da executiva estadual, mesmo com a defesa de alguns parlamentares, como Pedro Kemp e Gleice Jane, pela saída da base.

O deputado federal Vander Loubet, articulador da aliança com o governo estadual, já havia sinalizado que a relação com o governo Lula influenciaria na manutenção do apoio. Segundo ele, a interlocução com o Governo Federal exige responsabilidade política e coerência.

Apesar da permanência, o partido divulgou nota em que critica duramente a declaração de Riedel favorável à anistia dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A executiva estadual classificou a posição do governador como "inaceitável" e "incoerente", lembrando o apoio dado a ele no segundo turno das eleições de 2022 em nome da defesa da democracia.

Na nota, o PT também cobrou que o caráter humanitário defendido por Riedel se estenda às comunidades indígenas e famílias acampadas. O partido reafirmou o compromisso com a democracia e informou que eventuais decisões políticas futuras serão alinhadas com a direção nacional e o núcleo do governo federal.