PSDB de Campo Grande afirma que prisão de Claudinho Serra não está relacionada ao exercício de seu mandato
- porRedação
- 03 de Abril / 2024
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O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em Campo Grande divulgou uma nota nesta quarta-feira (3) para abordar a prisão do vereador Claudinho Serra, em uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC). De acordo com o comunicado, o partido ressalta que as investigações em curso não têm qualquer ligação com as atividades parlamentares de Serra na capital sul-mato-grossense.
"Conforme relatado pela imprensa, os eventos investigados estão relacionados ao município de Sidrolândia", destaca um trecho da nota.
A executiva municipal do PSDB também enfatiza que neste estágio inicial das investigações não é apropriado fazer julgamentos precipitados, considerando que um inquérito constitui meramente uma fase de investigação. Assim, a legenda se compromete a aguardar os desdobramentos da apuração, incluindo a manifestação da defesa de Claudinho Serra, do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPE-MS) e do Poder Judiciário.
"Por fim, mantemos nossa confiança no sistema judiciário e no trabalho das autoridades", conclui o comunicado.
Operação Tromper
Claudinho Serra, vereador pelo PSDB, é um dos oito indivíduos alvos de mandados de prisão no âmbito da Operação Tromper, sob suspeita de envolvimento em esquemas de fraude em licitações em Sidrolândia. A terceira fase desta operação foi desencadeada na manhã desta quarta-feira (3), abrangendo operações tanto em Campo Grande quanto na cidade adjacente.
O suposto envolvimento de Serra nesse contexto está relacionado ao seu período como secretário de Fazenda na cidade situada a 70 quilômetros da capital. A ação policial é coordenada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), ambos vinculados ao Ministério Público Estadual.
Fraude
Segundo informações do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, as investigações sobre as fraudes em licitações remontam ao mandato anterior, do ex-prefeito Marcelo Ascoli. Contudo, a apuração recente revelou uma nova vertente de desvio de recursos públicos nos processos licitatórios, desta vez relacionados a obras de engenharia e pavimentação asfáltica, com um montante envolvido de aproximadamente 15 milhões de reais.
Além do vereador, outros sete mandados de prisão e 28 de busca e apreensão estão sendo cumpridos com apoio de unidades especializadas da Polícia Militar, como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e o Batalhão de Choque, bem como a Força Tática e a Assessoria Militar do Ministério Público Estadual.