Professores da UFMS decidem iniciar greve a partir de maio

UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul | Créditos: REPRODUÇÃO/UFMS

Na manhã de terça-feira (23), em assembleia geral da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), foi aprovada a deflagração de greve na UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) a partir do dia 1º de maio, devido à falta de acordo com o Governo Federal.

Esta é a primeira greve ocorrida na instituição em quase uma década. A última paralisação significativa ocorreu em 2015, durando cerca de cinco meses e afetando o ano letivo.

A votação, realizada em formato híbrido, contou com a participação de docentes dos campi de Campo Grande, Três Lagoas (CPTL), Aquidauana (CPAQ) e Corumbá (CPan), resultando em 150 votos favoráveis, 52 contrários e duas abstenções.

Mariuza Guimarães, presidente da Adufms, anunciou que a partir de 1º de maio todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão conduzidas pelos docentes serão suspensas. No entanto, os serviços do HU (Hospital Universitário) e RU (Restaurante Universitário) permanecerão em funcionamento, conforme discutido pelo comando de greve.

"A greve continuará por tempo indeterminado até que o Governo apresente uma proposta satisfatória, incluindo as demandas dos aposentados e aposentadas", afirma Mariuza, destacando que 24 universidades e institutos federais já aderiram ao movimento grevista.

Entre as principais reivindicações dos professores está a recomposição salarial, que visa corrigir os salários de acordo com a inflação. Desde 2017, essa correção não é realizada conforme previsto em lei, resultando em uma perda salarial estimada em cerca de 40%. Em 2023, foi concedido um reajuste emergencial de 9%.

"Os salários atuais estão se mostrando insuficientes para cobrir todas as despesas mensais, gerando dificuldades para muitos professores", observa Mariuza.

Compartilhe: