A professora Emy Santos, da rede municipal de Campo Grande, solicitou afastamento de suas funções após vídeos de sua recepção aos alunos, onde ela se vestiu de Barbie, viralizarem e gerarem críticas de políticos nas redes sociais. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) confirmou o afastamento, informando que a servidora encontra-se de licença médica e que abriu um procedimento de apuração dos fatos.

A polêmica começou quando o deputado estadual João Henrique Catan (PL) compartilhou um vídeo da professora em sessão legislativa, questionando a vestimenta utilizada para recepcionar as crianças. O vídeo ganhou repercussão nacional após ser compartilhado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o que levou Emy a relatar ameaças e transfobia.

Em resposta, a professora acionou a Justiça, pedindo a remoção do vídeo das redes sociais dos políticos envolvidos e requerendo que o processo corra em segredo de justiça. A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, que representa Emy, também solicitou a exclusão do vídeo dos perfis de vereadores de Campo Grande e de uma suplente a vereadora.

A Semed, por sua vez, emitiu nota explicando que fantasias são permitidas em atividades lúdicas na educação infantil, mas que o caso seria apurado. A secretaria também confirmou que o afastamento da professora se deu por licença médica, e não em decorrência do ofício protocolado pelo deputado Catan, que solicitava informações sobre a aula da professora.