O prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), anunciou no fim de semana que pretende disputar o governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2030. Reeleito com 81,29% dos votos e com 91% de aprovação popular, o gestor destaca seu alcance nas redes sociais – onde soma mais de 1,4 milhão de seguidores – como uma das bases de sua projeção estadual.

Apesar da alta popularidade, Juliano é alvo de investigações do Gaeco e de críticas por falas polêmicas e contratos da prefeitura. Em 2023, a “Operação Contrafação” apreendeu R$ 79 mil em sua residência, além de documentos relacionados à transferência de uma caminhonete avaliada em R$ 300 mil. O prefeito nega irregularidades e atribui as denúncias a perseguição política.

Outro episódio envolve a compra de bens de um empresário investigado por narcotráfico. Há ainda questionamentos sobre um contrato de R$ 5 milhões com uma empresa de informática para serviços de oficina mecânica, alvo de apurações em outras cidades.

Com forte presença digital, Ferro é o terceiro prefeito mais seguido do país nas redes e se comunica diretamente com o público jovem. Ele afirma que pretende ampliar sua base eleitoral fora de Ivinhema e consolidar apoio político no Vale do Ivinhema, região com 11 municípios.

Juliano disse se espelhar no ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e criticou o atual governador Eduardo Riedel (PSDB), cobrando o cumprimento de acordos firmados em programas de investimentos. Como gestor, aponta que Ivinhema passou de 60% para 90% de vias pavimentadas e anunciou um pacote de obras estimado em R$ 85 milhões.