PP e Republicanos avançam em federação, mas aliança com União Brasil enfrenta obstáculos

PP e Republicanos avançam nas negociações para formar uma federação partidária ainda em 2025, com vistas às eleições gerais de 2026. Caso a união se concretize, o novo partido será uma bancada maior da Câmara dos Deputados, com 94 parlamentares, e ocupará a quarta maior posição no Senado, com 10 senadores. Em Mato Grosso do Sul, uma federação representava três deputados estaduais, 16 prefeitos, 24 vice-prefeitos e 201 vereadores, tornando-se a segunda maior força política do estado.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), principal liderança do partido no estado, confirmou que as tratativas estão avançadas, mas ressaltou que “essas coisas só acontecem quando firmadas”. Sobre uma possível inclusão da União Brasil na federação, a senadora avaliou como pouco provável. “Há bastante conversa, mas tem resistência, tanto por parte do PP quanto por parte dos Republicanos”, afirmou.

Impasses com o União Brasil

A principal barreira para incluir a União Brasil na federação reside em divisões internas, como a disputa pela presidência nacional entre Luciano Bivar e Antonio Rueda. Além disso, os atritos gerados pela candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara, reforçados por PP e Republicanos, complicaram o alinhamento.

Embora o União Brasil tenha aderido à aliança em torno de Hugo Motta, as chances de participação na federação são consideradas remotas. Líderes regionais do partido, como o deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) e o senador Efraim Filho (União Brasil-PB), resistiram à parceria devido a disputas locais de influência.

Cenário em Mato Grosso do Sul

No estado, o confronto entre PP e União Brasil se intensificou durante as eleições municipais de 2024, quando a ex-deputada Rose Modesto (União Brasil) foi derrotada por Adriane Lopes (PP) na disputa pela Prefeitura de Campo Grande.

Apesar dos entraves, lideranças como o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mantêm o interesse em trazer quadros do União Brasil e de outras legendas para fortalecer a federação. A afirmação, no entanto, depende de um consenso ainda distante.

Com informações do Correio do Estado

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