O ex-coordenador da APAE, Paulo Henrique Muleta Andrade, de 44 anos, seguirá preso por decisão do juiz Robson Celeste Candeloro, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande. O despacho foi publicado nesta terça-feira (10), ao completar 90 dias da prisão preventiva, deflagrada durante a Operação Occulto, realizada pelo GECOC e Gaeco.

Segundo o magistrado, não houve fatos novos que justificassem a soltura, e pedidos anteriores de habeas corpus já foram negados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e pelo Superior Tribunal de Justiça.

Andrade é acusado de desviar R$ 8,1 milhões repassados à APAE pela Secretaria Estadual de Saúde, por meio de empresas de fachada e notas fiscais fraudulentas. Também teria recebido R$ 919 mil em propina e planejado fuga para a Itália, inclusive alterando dados pessoais na Justiça.

A decisão cumpre o prazo legal de reavaliação da prisão, mas indica que ele deve continuar detido.