A Comissão Temporária que representa os Policiais Civis de Mato Grosso do Sul na Assembleia Legislativa (Alems) enviou à Secretaria de Administração (SAD) uma contraproposta elaborada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol). O documento reivindica melhorias salariais e estruturais para a categoria.

A contraproposta inclui um pedido de reajuste de 18%, uma demanda que está pendente há 10 anos e que havia sido aceita anteriormente, mas posteriormente revogada pelo governo. “Nós enviamos a contraproposta para a Secretaria de Administração. Eles estão analisando a proposta e verificando o impacto financeiro”, informou um dos deputados.

Em resposta à falta de negociação, os policiais civis iniciaram uma nova paralisação nesta terça-feira (1º), que ocorrerá em todas as delegacias do estado por três dias. O presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa, justificou a medida: “Não temos alternativa.” Em setembro, os agentes já haviam realizado duas paralisações.

Durante a paralisação, que ocorrerá das 8h às 20h, somente serviços emergenciais, como prisões em flagrante e medidas protetivas, serão atendidos. “Só vamos atender os serviços emergenciais, como prisão em flagrante, medidas protetivas e atendimento a menores vítimas”, destacou Barbosa. Ele ainda ressaltou que não está descartada a possibilidade de uma greve caso o governo não apresente uma contraproposta.

No dia 5 de setembro, uma manifestação em frente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro levou 70% dos policiais a paralisar, limitando os serviços a apenas os essenciais. “É um alerta para tentarmos abrir um canal de negociação com o Governo”, concluiu Barbosa.