Polícia Federal apreende 140 canetas emagrecedoras sem registro em aeroporto de Ponta Porã

| Créditos: DIVULGAÇÃO/PF


A Polícia Federal apreendeu cerca de 140 canetas emagrecedoras na quinta-feira (19), durante fiscalização no Aeroporto Internacional de Ponta Porã. Os produtos estavam na bagagem de um passageiro e continham retatrutida, substância ainda em fase de pesquisa para tratamento de obesidade e diabetes tipo 2. O medicamento não tem registro na Anvisa nem prescrição médica, e o responsável foi encaminhado à delegacia.

A Anvisa reforçou recentemente o controle sobre medicamentos da classe dos agonistas GLP-1, como semaglutida, liraglutida e tirzepatida, conhecidos pelo uso em perda de peso. A venda agora exige receita em duas vias e retenção da prescrição, com validade de até 90 dias, medida semelhante à dos antibióticos.

A decisão da agência visa evitar o uso indiscriminado desses remédios, que têm gerado aumento nos relatos de efeitos adversos quando usados fora das indicações autorizadas. Segundo o diretor-presidente substituto da Anvisa, Rômison Rodrigues Mota, a busca por resultados estéticos rápidos, sem acompanhamento médico, pode trazer riscos significativos à saúde.

O uso “off label” — quando o médico prescreve o medicamento para fins não descritos na bula — continua permitido, desde que feito com responsabilidade e consentimento do paciente. A nova regra passa a valer 60 dias após publicação no Diário Oficial da União, e farmácias deverão registrar a movimentação desses produtos no sistema da Anvisa.

A agência também aprovou recentemente o uso do medicamento Mounjaro (tirzepatida) para tratamento da obesidade, ampliando sua indicação que antes era restrita à diabetes tipo 2.


 

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