A Polícia Civil do Rio de Janeiro está em busca de uma máquina de produzir cigarros que foi furtada em fevereiro do ano passado do depósito da Cidade da Polícia, local que abriga 15 delegacias especializadas.

De acordo com nota oficial da instituição, as investigações revelaram que partes da máquina foram vendidas e o chassi principal foi levado para Mato Grosso do Sul, sem informações detalhadas sobre a cidade. "A Polícia Civil informa, ainda, que medidas cautelares foram tomadas contra os envolvidos no furto da máquina. Materiais apreendidos, como telefones celulares, estão passando por perícia. A Corregedoria segue com as investigações para esclarecer todos os fatos e responsabilizar os envolvidos".

Atualmente, há dois inquéritos em andamento para investigar o furto. Três homens são suspeitos do crime, incluindo um policial civil que movimentou mais de R$ 4,7 milhões em um ano. Na ocasião do furto, ninguém testemunhou o crime e nenhuma câmera de segurança registrou a ação.

Segundo sites de notícias do Rio de Janeiro, a máquina, que pesa cinco toneladas e é avaliada em cerca de R$ 550 mil, foi apreendida em uma operação de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro em julho de 2022.

Durante essa operação, foi descoberta uma fábrica clandestina de cigarros em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde 23 paraguaios e um brasileiro trabalhavam em condições análogas à escravidão.

A ação contou com a colaboração da Polícia Federal e do Ministério Público do Trabalho. O equipamento, junto com outros bens, foi leiloado a pedido do Ministério Público do Trabalho, com a intenção de reverter o dinheiro para o pagamento dos trabalhadores resgatados. No entanto, quando os compradores compareceram à Cidade da Polícia para buscar a máquina, ela havia "desaparecido".