Podemos avalia medidas contra suplente de vereador preso por ligação com facção
- porRedação
- 28 de Março / 2025
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| Créditos: Arquivo pessoal
O partido Podemos em Mato Grosso do Sul informou nesta sexta-feira (28) que avalia as medidas cabíveis a serem tomadas contra Ronaldo Cardoso, 45 anos, membro da legenda e suplente de vereador em Campo Grande. Cardoso foi detido durante uma operação policial que investiga uma organização criminosa, com indícios de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em nota oficial, a direção do Podemos declarou aguardar os esclarecimentos formais sobre o caso e manifestou confiança no trabalho da Justiça e das forças de segurança para a apuração dos fatos. "Se confirmadas irregularidades, eventuais medidas cabíveis serão analisadas nas instâncias partidárias", afirma o comunicado.
O partido também ressaltou que a conduta de qualquer filiado não reflete, necessariamente, os valores da agremiação, que se diz defensora de uma política pautada pela integridade e pelo respeito à sociedade brasileira.
Relembre o caso do desaparecimento
Em novembro de 2024, a esposa de Ronaldo Cardoso havia registrado seu desaparecimento, ocorrido no dia 9 daquele mês. Segundo relatos, ele teria saído de casa, no bairro Moreninhas, para uma suposta reunião de trabalho e ficado incomunicável por cerca de dois meses, reaparecendo posteriormente.
Operação revela esquema milionário
Ronaldo Cardoso é apontado pelas investigações como integrante de uma organização criminosa interestadual com atuação em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A facção teria movimentado mais de R$ 300 milhões em um período de três meses. A prisão do suplente de vereador ocorreu no Rio Grande do Norte, durante a Operação "Chiusura", coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
As investigações indicam que Cardoso integrava o chamado "Núcleo Sinaloa", supostamente ligado a uma facção criminosa com ramificações em diversos estados e até em outros países. De acordo com a PCDF, o grupo utilizava empresas de fachada e contas bancárias para ocultar a origem dos recursos ilícitos.
O núcleo da organização criminosa em Mato Grosso do Sul, ao qual Ronaldo Cardoso estaria vinculado, possuía conexões com o Rio Grande do Norte, onde um dos envolvidos mantinha uma pousada de alto padrão utilizada para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.