A Polícia Federal (PF) intensificou as investigações sobre o suposto financiamento de atos antidemocráticos e planos golpistas envolvendo o general Walter Braga Netto, ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL). Segundo a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, Braga Netto teria obtido recursos com empresários do agronegócio para financiar ações extremistas.

Entre os alvos das apurações está o Movimento Brasil Verde e Amarelo (MBVA), apontado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) como articulador de bloqueios de rodovias e financiador de atos radicais, incluindo os ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

No Mato Grosso do Sul, o produtor rural Júlio Augusto Gomes Nunes, líder do MBVA no estado, foi indiciado pela CPMI dos Atos Golpistas. Em sua defesa, Nunes afirmou que o movimento é apartidário e defendeu investigações para identificar os verdadeiros culpados.

A chamada "Operação Punhal Verde e Amarelo" também revelou o uso de dinheiro vivo, supostamente transportado por Braga Netto, para a compra de celulares utilizados no monitoramento de autoridades. As investigações continuam com foco no rastreamento de recursos e na identificação de outros envolvidos.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) destacou que ações isoladas não devem comprometer a imagem do setor e pediu apurações equilibradas e transparentes.

Fonte: Correio do Estado