A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (24) a operação "Ultima Ratio" para investigar suposta corrupção e venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). O juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 2ª Vara Cível de Campo Grande, é um dos alvos da operação. O Fórum da cidade foi fechado pela PF para a realização de buscas no gabinete do juiz.

A operação também afastou cinco desembargadores do TJMS: Marcos José de Brito Rodrigues, Vladimir Abreu, Sérgio Fernandes Martins, Sideni Soncini Pimentel e Alexandre Aguiar Bastos. Além deles, o conselheiro Osmar Domingues Jeronymo, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), e seu sobrinho, Danillo Moya Jeronymo, servidor do TJMS, também foram afastados.  

A investigação aponta para o envolvimento de advogados e filhos de autoridades, incluindo os filhos dos desembargadores Sideni Pimentel e Alexandre Bastos, que também são advogados.

Esta operação é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, de 2021, que investigava superfaturamento de contratos no TCE-MS.

Histórico:

Em 2018, o juiz Paulo Afonso de Oliveira foi envolvido em uma polêmica ao autorizar um pagamento de R$ 5,5 milhões em um caso de suposta fraude. Na época, ele afirmou ter desfeito a decisão após a Polícia Civil apontar indícios de irregularidade.

A Operação:

A "Ultima Ratio" cumpre 44 mandados de prisão em Campo Grande (MS), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Cuiabá (MT). Cerca de 200 agentes da Polícia Federal participam da ação.

As informações são do Campo Grande News