PF e CGU investigam esquema que desviou R$ 6,3 bilhões do INSS; MS está entre os alvos

| Créditos: DIVULGAÇÃO/PF


Uma vasta operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), denominada "Sem Desconto", foi deflagrada nesta quarta-feira (23) para desmantelar uma organização criminosa responsável por um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos nos últimos cinco anos. O esquema fraudulento envolvia descontos irregulares em aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

A investigação aponta para irregularidades nos descontos de mensalidades associativas incidentes sobre os benefícios previdenciários. Mato Grosso do Sul figura entre os 13 estados da federação que são alvo da operação.

Ao todo, cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária. Os mandados estão sendo executados no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe, além de Mato Grosso do Sul.

Entre as medidas cautelares, seis servidores do INSS foram afastados de suas funções, incluindo o presidente do órgão, Alessandro Stefanutto.

As investigações revelaram que as entidades envolvidas cobraram aproximadamente R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas no período compreendido entre 2019 e 2024.

Os investigados poderão ser responsabilizados por diversos crimes, como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais. As autoridades seguem com as investigações para identificar todos os envolvidos e a extensão total do esquema.

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