PF aponta que conselheiro do TCE-MS fez negócios com traficantes e suspeita de lavagem de dinheiro

Osmar Jerônimo | Créditos: Reprodução/O Jacaré

O conselheiro Osmar Domingues Jeronymo, afastado do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) em outubro, é suspeito de envolvimento com narcotraficantes, segundo a Polícia Federal. Relatório da PF indica que parte de seu patrimônio pode ter origem no tráfico de drogas, incluindo negócios com Carlos Alberto da Silva Duro, apontado como "braço-direito" de Fernandinho Beira-Mar.

O relatório, que fundamentou o pedido de afastamento de Jeronymo, detalha negociações suspeitas para lavagem de dinheiro. Em 2019, o conselheiro declarou à Receita Federal rendimentos de R$ 3,8 milhões, sendo R$ 1,6 milhão de uma venda de imóvel em Campo Grande. No entanto, a PF não encontrou registros de pagamento ou contrato formalizado, levantando suspeitas sobre a transação.

Jeronymo teria adquirido uma casa em Ponta Porã e, meses depois, trocou o imóvel por outro de valor superior em Campo Grande, pertencente a Carlos Duro. A operação gerou valorização de 81%, o que a PF suspeitou ser suspeita de lavagem de dinheiro.

As investigações apontam ainda movimentações atípicas de R$ 2,9 milhões em 2019, parte das provenientes de empresas que fecharam logo após as transferências. Entre os pagadores são beneficiários de programas sociais, como Bolsa Família e auxílio emergencial.

A operação Ultima Ratio também revelou que Jeronymo teria tomado decisões judiciais para obter propriedades em Bela Vista e Maracaju, registradas em nome de sobrinhos que seriam suas "laranjas".

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