Uma organização criminosa especializada em estelionato foi alvo da Operação Miragem, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Os criminosos utilizavam documentos, e-mails e sites falsos para enganar empresas e adquirir produtos com boletos sem fundo.

A investigação teve início após uma metalúrgica da capital registrar um prejuízo de R$ 90 mil em tubos de aço. A partir daí, a polícia descobriu que o grupo atuava em diversas cidades do estado, lesando empresas com golpes que somam valores ainda incalculáveis.

Entre os produtos adquiridos ilegalmente estão cargas de ferro, telhas, perfil metálico e fécula de mandioca. Parte dos produtos foi recuperada em Campo Grande, Aquidauana e Ponta Porã, com a prisão de empresários que os compraram por valores abaixo do mercado.

Dois membros da organização foram presos em flagrante, um responsável pela logística de pagamentos e outro por efetivar as transações fraudulentas. Um terceiro envolvido, suspeito de receptação, foi preso em Aquidauana.

A delegada Priscilla Anuda, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, alerta para a importância de empresários e comerciantes verificarem a procedência das mercadorias, evitando a compra de produtos de origem ilícita.

A Operação Miragem prossegue com o objetivo de identificar novas vítimas, recuperar os produtos roubados e prender outros integrantes da organização criminosa.

Estelionato em alta:

O crime de estelionato tem crescido em Mato Grosso do Sul. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) apontam que, de janeiro a junho de 2023, 38,08% dos crimes virtuais registrados no estado foram estelionatos. Em 2022, foram registrados 1.801 casos, sendo 1.197 no interior e 604 na capital.