Uma perícia acordos de superfaturamento no valor de R$ 2.810.950,56 em um contrato emergencial firmado pela prefeitura de Três Lagoas para coleta de lixo, durante a gestão de Ângelo Guerreiro (PSDB). A contratada foi a Financial Construtora Industrial Ltda, que já era responsável pelos serviços no município.

O levantamento foi anexado ao processo que tramita na Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Três Lagoas no final de outubro, em uma ação popular movida por Vanderlei Amaro da Silva Júnior. De acordo com a análise do perito contador Juarez Marques Alves, da JM Auditores e Peritos S/S, sediada em Dourados, houve um "dano financeiro" de R$ 2.810.950,56 em razão do superfaturamento, considerando a diferença entre o valor contratado em 2017 (R$ 7,2 milhões) e o preço mais barato encontrado na concorrência pública de 2019 (R$ 4,4 milhões) para o mesmo serviço de coleta por um período de 180 dias.

A ação popular questiona a legalidade da contratação emergencial, afirmando que teria sorte uma "emergência fabricada" para causar a dispensa de licitação.

A Construtora Financeira também faz parte do Consórcio CG Solurb, que venceu uma licitação bilionária para coleta e tratamento de resíduos em Campo Grande. Recentemente, a Justiça anulou um contrato na Capital em função de denúncias de direcionamento de licitação e irregularidades, mas a decisão foi posteriormente derrubada pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).